palavras divergentes e palavras covergentes

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Introdução
Com este trabalho de pesquisa pretendo abordar sobre palavras divergentes e palaras convergentes.
Como já vimos nas classes anteriores, muitas foram as palavras que fizeram parte do léxico Português, pelo momento do renascimento. Embora ser inegável que o latim vulgar seja a base do português com a maioria das palavras a resultarem de uma grande evolução. Para entender melhor o assunto, abordarei um pouco sobre a semântica, afinal de conta falar destas palavras é também falar da semântica.



Evolução da língua portuguesa
1.     Alterações na língua
O português foi-se afastando do latim e sofrendo algumas alterações:
Ø Fonéticas (ao nível dos sons)
Ø Semânticas (ao nível da significação)
Ø Lexicais  (ao nível da formação de palavras)
2.     Via popular e via erudita
Já sabes que a grande maioria dos vocábulos portugueses derivou do latim vulgar, através das transformações que os falantes foram introduzindo. Essas transformações deram-se em – e durante - momentos diferentes.
      As palavras entraram no nosso léxico por duas vias:
ü  Via Polpular
ü  Via Erudita
2.1.Via Polpular
Devido a serem faladas por muita gente, as palavras sofreram “muitas transformações fonéticas ao longo dos séculos”, em virtude de vários factores, de entre os quais se destaca a tendência para reduzir o esforço em pronunciar certos sons (lei do menor esforço).
        Ex. Pedem > Pé
                   Sanum > São
2.2.Via Erudita
       Palavras que entraram no português tardiamente (séc. XIV - XVI) pela mão de estudiosos que as criaram com base no latim clássico. São palavras que chegam até nós sem quase sofrer transformações relativamente ao étimo latino.
             Ex. :  Materiam > Matéria
                           Arenam > Arena




Palavras Divergentes e Palavras Convergentes
Palavras Divergentes: É a existência dos dois processos anteriores que explica que um mesmo étimo latino tenha dado origem, em português, a palavras diferentes.
Latim
Português
arenam
areia
Via popular
arena
Via erudita
atriu
adro
Via popular
átrio
Via erudita
matre
mãe
Via popular
madre
Via erudita

A estas palavras que têm origem comum, mas são diferentes devido ao processo pelo qual se constituem, chamamos Palavras Divergentes.
Palavras Convergentes: são aquelas que provêm de étimos diferentes e convergem para a mesma forma vocabular, escrevendo-se e lendo-se da mesma maneira, embora com significados diferentes (palavras homónimas).
rivum (nome)
rio (nome)
rio (forma verbal)
rideo (forma verbal)
vanu (adj)
      vão (adjectivo)
vão (forma verbal)
vadunt (forma verbal)
sanu (adj)
       são (adjectivo)
são (forma verbal)
sunt (forma ve

Há também que velar que um número bastante grande de palavras que empregamos diariamente são fruto processo de latinização e, por conseguinte algumas ou maior parte delas semelhantes a sua origem latina.
As primeiras, resultantes de vários séculos de Alterações Fonológicas, as que nos chegam por via popular.
As segundas, introduzidas no renascimento e impulsionadas por uma corrente que propunha o regresso dos valores clássicos, chegam-nos por via erudita. Estas palavras apresentam uma forma muito próxima do seu étimo e foram maioritariamente introduzidas por escritores. Elas apresentam uma forma e um significado distintos que são: as palavras Divergentes.
Latim
Via popular
Via erudita
Arena
Actu
Adversu
Areia
 Auto
 Advesso
Arena
Ato
Adverso
Ex.:





Por outro lado, há também palavras que sofrem o fenómeno inverso. Partindo de um étimo distino no latim, apresentam, hoje em dia uma forma semelhante; são palavras Convergentes.
Ex.: A palavra São: Como adjectivo, provém de  Sanu
Como forma verbal, deriva de Sunt
A palavra Vão: Como adjetivo, provem de Vanu
Como forma verbal, de Vadunt

Evolução Semântica
Como sabemos que a semântica é a parte da Linguística que estuda os sentidos das palavras.
Então, para além de todas estas evoluções fonéticas, das quais muitas palavras foram alvo na sua passagem do latim ao Português, outras sofreram uma evolução ao nível do sentido. Ex.: «senhor» deriva do étimo latino Seniore; comparativo de superioridade de Senex, Senis (velho), que no latim significa «mais velho» sendo a velhice considerada um sinónimo  de experiência  de saber.

Fonética
Bem sabemos no ato da fala, produzimos um contínuo sonoro que está associado as propriedades físicas dos sons, a sua própria produção e a sua percepção. Estas são as áreas em que, tradicionalmente, se subdivide a Fonética:
1.      Fonética Articulatória
2.      Fonética Acústica
3.      Fonética Percetiva

Fonética Articulatória: estuda os movimentos do aparelho fonador, aquando da produção dos sons, seja da emissão da mensagem. Para a produção dos sons característicos da fala humana haja é necessário estarem três condições reunidas: Corrente de ar, obstáculo a corrente de ar e caixa de ressonância. Estas condições são reunidas pelo Aparelho fonador humano, constituído pelas seguintes parte:

1.      Pulmões, Brônquios e a Traqueia: órgão respiratório que permitem a formação da corrente de ar, isto é Matéria-Prima na produção de sons.
2.      A Laringe: onde situa-se as cordas vocais: Determinam a sonoridade dos sons, produzindo a energia sonora.
3.      As estruturas Supralaríngeas (faringe, boca, e fossas nasais): formam caixas de ressonância.
Funcionamento do aparelho fonador
No momento da expiração os pulmões libertam o ar que passa pelos Brônquios e entra na Traqueia chegando à Laringe. Na Laringe, o ar encontra o primeiro obstáculo à sua passagem, a glote, responsável pelo escoamento do fluxo de ar pulmonar, que fica à altura da chamada maçã-de-adão e é a abertura entre duas pregas musculares das paredes superiores da laringe, chamadas cordas vocais podem estar fechadas ou abertas. Se abertas estiverem, o ar força a passagem fazendo vibrar as cordas vocais e dando origem a um som sonoro. Para que se possa perceber melhor a distinção entre sonoro e surdo, atentemos na pronuncia de duas consoantes com (k)[surdo] e (g) [surdo], colocando os dedos na maçã-de-adão. Na primeira produção não é sentida vibração, mas, na segunda, é sentida uma vibração leve.

E na cavidade bucal caixa de ressonância que ao separar mais ou menos os maxilares, usar as bochechas e especialmente a mobilidade da língua e dos lábios, que são modulados e é produzida uma infinidade de sons, utilizando também o palato, o véu palatino, a úvula e os alvéolos.
Fonética Acústica: Estuda a transmissão da mensagem, sendo o som estudado como um fenómeno vibratório que possui certas características:
1.      Amplitude
2.      Duração
3.      Frequência
Conclusão
Ao concluir a pesquisa, de acordo com o que abordei nestes textos, palavras convergentes e divergentes são das muitas palavras que sofreram uma evolução ao nível do sentido da passagem do latim ao portugês.
Falar da destas dua palavras(onvergentes e divergentes), é falar básicamente da semaântica Via erudita e via popular.
E não esquecer que a Fonética é o ramo da Linguística que estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala humana.
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Unknown disse...

Obrigado por ter sanado as minhas dúvidas relacionadas as palavras divergentes e convergentes. E quero sugerir que nos próximos artigos fazer a questão de mencionar as fotos das quais se apoiaste na produção do artigo. Abraços

Unknown disse...

Gostei de ler o vosso conteúdo,mas o conteúdo está muito resumido, contudo continue a publicar.

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António Manuel Mateus

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