o ensino superior em Angola

O ensino superior em Angola 

Universidade anonima
 



O acesso ao ensino superior continua a dar que falar, tudo porque o sistema da “gasosa”aumenta assustadoramente. Numa ronda em várias faculdades da Universidade Agostinho Neto, o jornal “Angolense” constatou que os valores para o ingresso num destes estabelecimentos escolares estão avaliados em 2500 a 4000 dólares.

A juventude no nosso país recorre a delinquência e outras práticas perigosas quando fracassados os sonhos de alcançarem o título de doutores, hoje que só estuda quem tem condições financeiras favoráveis.

É normalmente nessa fase do ano que muitos desses jovens se preocupam em renovar as esperanças, face o anúncio de novas vagas, encaradas como “um truque”, segundo a fonte, para se dar a entender que existe ensino gratuito.

O sistema da gasosa não difere muito do ensino médio, pois depois do estudante ter feito as inscrições entra em contacto com um funcionário da instituição que o ajuda a segurar a vaga, após a entrega dos documentos.

Este por sua vez, aguarda pelos exames para quando os resultados saírem, juntar os outros documentos. Para que tudo corra sem sobressaltos, é necessário uma boa ligação do funcionário “corrupto”, com o pessoal da secretaria que alegadamente introduzem os documentos dos que pagam como se tratassem de pessoas que tivessem aprovado no exame de aptidão.

Na faculdade de direito, disse a fonte, as coisas são um pouco mais restritas, porque normalmente envolve “peixe grande”, mas há alguns anos atrás a situação era bem diferente, pois a chefe da secretaria tratava de tudo. “Ela fazia o trabalho de forma aberta, por isso, foi descoberta”, contaram alguns alunos, adicionando que a mesma foi despedida, mas deixou uma rede que continua a fazer este trabalho, considerado “serviço sujo”.

Os preços cobrados nesta Faculdade são os mais caros, 3500 a 4000 dólares. Na eventualidade das coisas derem erradas, os prevaricadores demarcam-se da responsabilidade. Um exemplo disso, é dona Joana, estudante do segundo ano da Faculdade de Direito que entrou por vias de “corredores”, mas que até hoje não tem a ficha de estudante. Estuda sem segurança e receia que caso seja descoberta irá para rua. “Recorri a esse meio, porque o nosso país está cada vez mais pior, já tinha tentado antes mas não consegui entrar, decidi endividar-me por essa prática, porque sempre sonhei ser advogada”, lamentou.

Já o Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), é conhecido como sendo a Faculdade que menos barreira oferece aos “corruptos”, pois o sistema ali, revelou a fonte, as coisas nunca correm mal. “Aqui não há perigo”, informaram.

A facilidade começa a partir da portaria, onde os guardas informaram aos interessados sobre os preços. Naquela Faculdade, os preços são ligeiramente os mais baratos, 2000 a 2500 dólares. Já na Faculdade Letras o ingresso custa 3000 dólares, mas o sistema também é restrito, pois normalmente só os que têm conhecidos conseguem “furar”. 
postado por: António Manuel Mateus
fonte: Angonoticias
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